Olhares sócio-antropológicos sobre Filmes, textos, artigos, livros, documentários,..

Amo cinema e vejo nos filmes inúmeras oportunidades de refletirmos sobre a vida, sobre temas diversos que nos tocam de maneiras diferentes, a partir de nossas grades de leitura e nossas vivências.
Assim, faremos neste primeiro momento reflexões sobre filmes, documentários que assisti e partilhei com meus colegas de sala (educandos) e outros que assisti em momentos de lazer criativo e produtivo. E, em um segundo momento farei comentários de livros, textos, artigos, enfim, o que li e como apreendi o lido, e os frutos de minha vivência, do meu dia-a-dia, do meu vivido também. Tudo isto será partilhado aqui com cada um de vocês!!

Boa Leitura!!

sábado, 4 de outubro de 2014

UM PEQUENO OLHAR SOBRE A INFÂNCIA...

Foto: acervo pessoal


Infância...
 é uma palavra que nos diz que somos um ser em processo de aprendizagem. 
Que não estamos prontos, mas estamos em um processo de construção de sermos gente, de sermos cidadãos, de sermos alguém que busca aprender com curiosidade, sem medo de errar, de recomeçar, de perdoar, de compreender, de ousar, de arriscar, de amar, de crescer enfim, de aprendermos a ser... 
E, tudo isto, envolto pela criatividade, inocência, ludicidade, espontaneidade...
As vezes, este tudo é esquecido pelo tempo...
É esquecido pelas dificuldades da vida, 
pelo enfrentamento destas que vão nos fazendo desacreditar,
 vão nos desencantando... 
E os sonhos vão se esvaindo, indo... 
Até que, sem percebermos o amor nos resgata, 
ensina-nos a ouvir o inaudível,
 ver o invisível 
e acreditar no que ainda não é, não existe, mas que vai se construindo pela Fé. 
Assim, que neste mês de outubro todos nós possamos ouvir as vozes silenciadas pelo tempo de AMOR, 
DE CARINHO,
 DE DESCOBERTA,
 DE APROXIMAÇÃO,
 DE AFETO,
 DE CRIATIVIDADE,
 DE ESPONTANEIDADE,
 E POSSAMOS SORRIR!!!
 UM SORRISO QUE VEM COM A ALMA E DA ALMA,
 FAZENDO NOSSOS MUSCULOS FACIAIS EXPRESSAREM ESTE MARAVILHOSO AMOR!!!
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS PARA TODOS E TODAS!!
E, AQUI, ENTENDO QUE TODOS OS DIAS TAMBÉM SÃO DIA DE OUVIRMOS
UM POUCO MAIS 
ESTA CRIANÇA QUE NOS SUAVIZA E NOS PERMITE 
APENAS SER
APENAS SORRIR
APENAS OUVIR
APENAS VIVER!

(Por:Marcia Adriana Lima de Oliveira)

domingo, 21 de setembro de 2014

Foto: Arcevo pessoal em Manali

ÍNDIA OU ÍNDIAS? RELATOS DO VIVIDO


Marcia Adriana L. de Oliveira


“O olho vê,
a memória revê,
mas é a imaginação
que transfigura o mundo”
 (Manoel de Barros)


1.INTRODUÇÃO
Este texto emergiu de uma proposta apresentada aos Professores de História da escola de meu filho, no intuito de contribuir para um outro olhar sobre a Índia, a partir de relatos do Vivido, como será abordado com mais detalhes na seção 2 da mesma.
Percebe-se que todos os livros de História, Sociologia, Antropologia, Psicologia, e outras áreas afins, ao mencionarem a Índia reportam-se a dimensão religiosa, a Organização social fundamentada na Religião, ao processo de colonização e as mudanças que o mesmo proporcionou na dimensão política indiana. Contudo, as fotos que chamam atenção para este país são relacionadas ao extraordinário para a nossa cultura, que é o comum na deles como o encantador de serpentes, o banho e uso múltiplos de feitos no Rio Ganges, considerado um Rio Sagrado, dentre outras cidades transformadas em Patrimônio Histórico.
Assim, esta proposta surgiu de uma vivência na Índia há doze anos, tendo a consciência de que pelo tempo transcorrido muitas alterações devem e foram feitas, que talvez lugares visitados nem existam mais. Porém, o que vi foi uma índia rica, exuberante quanto a arquitetura, aos detalhes nas esculturas, e nas construções, como bordados em madeira. Ruas bem ocidentais com toda uma infraestrutura e uma multiplicidade de pessoas de castas diferentes que permeiam e circulam nestes espaços, ora tranquilos, ora caóticos.
A Universidade de arquitetura simples, mas antiga quanto a dimensão tempo, trás as novidades informacionais, transformadas em conhecimento pela tecnologia utilizada, um encontro entre as novidades, inovações e o passado, que surge nos repousos após o almoço embaixo das árvores do Campus Universitário de Delhi.
Logo, proponho esta partilha para que vejam um pouco da Índia que vivenciei. Esclareço que não é nostalgia ou saudosismo, mas, apenas o registro para que não se perca de outro olhar do lugar em que meu filho foi gerado, e, assim sendo, faz parte da história dele, mesmo abrindo o caminho para que outro possa fazer parte de nossa história, da minha história, enquanto futuro companheiro, mas que chegue sem ciúmes do que um dia fez parte de nossa vida e nos deu um presente lindo que é meu filho.
 E, agora, peço permissão para me colocar na primeira pessoa, pois, como relatos do vivido, não posso escrever sem me mostrar. Logo, convido todos vocês leitores para este caminhar comigo, cujo objetivo maior aqui é ampliar os olhares sobre uma cultura, repletas de culturas, e nestas, vários contrastes, que ora se chocam, ora se complementam como é a Indiana. E, que será construído, digo este caminhar, com base em alguns pontos do livro de História de Cláudio Vicentino (2013), que é o utilizado na série do meu filho, e que despertou em mim, agora que ele está estudando pela primeira vez sobre a Índia, o desejo de ir além das imagens que vi. Contribuindo para ajuda-lo e ajudar os colegas dele a compreenderem mais deste universo bem diferente de onde ele veio. Assim, vamos ao próximo item.

2.ÍNDIA OU ÍNDIAS? RELATOS DO VIVIDO.

Bem, Cláudio Vicentino (2013) coloca na página 258, no subitem: A força da Religião que dentre as divindades do “Bramanismo estão Brahma (Deus); Vishnu, deus da conservação e Shiva, deus da destruição.” Mas, na Índia, Shiva é muito respeitado e adorado, porque para eles ele é o deus que retira a maldade do mundo.
Shiva anda pelo mundo, pelos quatro cantos do mundo retirando dele toda a maldade e mantendo o equilíbrio, a paz e a harmonia. Veja na foto o pescoço e nele uma cobra. Esta simboliza o mal do mundo, e o pescoço azul é o veneno da cobra que já foi neutralizado no corpo de Shiva, impedindo que o mal permeie o mundo (Veja na foto abaixo).
Foto: Domínio Público

      Sobre o Hinduísmo tem uma lenda que diz que: quando Deus criou o mundo e o homem, Ele deu 25 anos da vida Dêle para o homem. Neste período, o homem fez tudo o que queria fazer, sem ninguém dizer nada. Ele podia fazer tudo (Este foi o período da Infância). Depois, o homem aos 25 anos disse a Deus:_ “Dá –me mais 25 anos, por favor... Eu não fiz nada ainda...” . Neste momento um burro ia passando e ouvindo disse:_”Não se preocupe Deus, eu dou 25 anos de minha vida para ele.” Então, o homem passou este tempo trabalhando de domingo a domingo (É quando o homem casa e começa a trabalhar, mas não deixa de ser visto como criança para os pais). Então, chegou aos 50 anos de idade e o homem disse:_”Meu Deus, por favor, dá-me mais 25 anos.. Eu só trabalhei, não aprendi nada...”. Neste momento passa um cachorro e diz a Deus:-“Não se preocupe meu Deus, eu dou 25 anos de minha vida para ele.”. Então, o homem passou a não se preocupar com nada, comia quando davam comida, bebia quando davam o que beber, não se irrita e nem fala de ninguém, está tudo sempre bem com ele. (É o período do Idoso). Finalmente, chegou aos 75 anos de idade, e então, o homem disse:_”Meu Deus, dá-me 25 anos a mais, ainda tenho o que aprender.” E, desta vez, Deus disse:_”Deixa tua casa, tua família, e segue pelo mundo, como andarilho e vai aprender até morrer.” (Período do Sábio- chamados de Bábá- são os sacerdotes que seguem pelas ruas pedindo oferendas aos deuses e dinheiro, comida.)
             Nesta história Hindu, percebe-se como eles pensam a dimensão geracional: infância, adulto e idoso. Não há adolescência. E, nem adulto, porque na verdade ao casar para os pais continuarem com o controle eles, as vezes, subestimam a capacidade de seus filhos, inferiorizando-os (“Cortar as asas para não deixar voar”).
Os Hindus também são virilocais, ou seja, quando casam, com esposas escolhidas pelos pais, então a mulher perde todos os seus referenciais culturais e vão abraçar a cultura do marido, por exemplo, se ele não come carne, então a esposa também não comerá. Se ele tem um credo a esposa segue o dele, e assim, sucessivamente. As mulheres não possuem poder de decisão, exceto em casa. Para a mulher fica o âmbito da casa e para o marido o da rua, bem a Casa e a rua de Roberto DaMatta, em O que faz o brasil, Brasil. Todos residem no mesmo prédio, se for em uma casa, cada casa tem várias famílias, todas ligadas ao Patriarca, bem sistema colonial. Confiram as casas e observem o detalhe do portão. A noite em alguns bairros eles são fechados, como se fosse um toque de recolher, transformando-se em condomínios fechados como temos aqui.
Foto: Marcia Adriana


             Interessante é que cada bairro possui a seguinte estrutura: a Praça no centro e em volta, tem-se o mercado, as lojas, e as residências a posteriori.
            Bem, quanto as castas, como bem disse Cláudio Vicentino (2013) continuam a existir na Índia, apesar de terem sido abolidas na Constituição, promulgada na época da Colonização Britânica, e para conseguirem a Independência Gandhi lutou, mas jamais quis o fim das castas. Ele queria apenas a união da Índia para que voltassem a ser independentes. Após a Independência construíram um arco do Triunfo em Connect Place. Este lugar é onde ficam o polo comercial maior, bem como as embaixadas e tem tudo. O asfalto é perfeito, porque utilizam pneus na composição da liga. Confiram:
Foto: Marcia Adriana
           Outras cidades muito bonitas são Agra e Manali. Interessante que para passar de uma região para outra, atravessamos muitas barreiras, e as leis mudam. É como se existissem e termina existindo várias Índias dentro da própria Índia. Vamos conhecer antes de irmos a Agra e Manali um pouco mais de Delhi, capital da Índia, confiram as avenidas, tudo muito semelhante ao nosso, se não fosse pelo uso abusivo que fazem das buzinas, porque retiram os espelhos retrovisores laterais e é um Deus nos acuda! Confiram:
Fonte: Marcia Adriana
 E a ponte na qual o trem passa, observem a arquitetura!

                 
Foto: Marcia Adriana

Foto: Marcia Adriana

Vamos sair de Delhi e ir a Manali. Nossa!! um lugar muito interessante. É uma estação de veraneio e nesta cidade tem um banho terapêutico pelas propriedades da água morna. Também tem a floresta de Pinheiros na qual está o templo dedicado a deusa Laxmi. Neste templo, você entra em Pé e o teto vai sendo rebaixado, forçando você a chegar aos pés da deusa completamente curvado, independente do seu credo. Laxmi é a deusa da fartura, da abundância que abençoa os quatro cantos do mundo. Também tem Neve nas montanhas, e nestas, pode-se ver o fluxo das pessoas, e bizões. Além de avalanches! Também nas casas as roseiras são verdadeiras árvores. Lindas, cobrindo a faixada das casas. Confiram!
Foto: Marcia Adriana

AQUI ESTÃO AS ROSEIRAS NA FRENTE DAS CASAS. COMO ÁRVORES, SÃO LINDAS!!!

Foto: Marcia Adriana
Foto: Marcia Adriana

Foto da parte externa da Pousada que fiquei em Manali e ao lado, no topo das montanhas a neve.

Foto: Marcia Adriana

Foto da parte externa da Pousada, de um lado neve, e do outro esta maravilha!!

Foto: Marcia Adriana

Aqui a lateral com montanhas, cujos topos estão cobertos por neve.

Foto: Marcia Adriana

Foto da Arquitetura Indiana em Manali, Observem o telhado.


Foto: Marcia Adriana

Aqui o rio ganha força com o desgelo da neve.

Foto: Marcia Adriana

Aqui o rio ganha força com o desgelo da neve.

Foto: Marcia Adriana

Aqui o rio ganha mais e mais força com o desgelo da neve.

Foto: Marcia Adriana

Uma cachoeira feita do desgelo da neve.

Foto: Marcia Adriana

Aqui em Rohtang Pass, o nome desta Montanha em Manali.

Foto: Marcia Adriana

ROHTANG PASS

Foto: Marcia Adriana

Observem o detalhe do Bisão.

Foto: Marcia Adriana

Aqui com os trajes para passear na neve em Rohtang Pass, que você aluga na subida da Montanha.
Foto: Marcia Adriana

Floresta de Pinheiros que fica no bosque no qual está localizado o Templo da deusa Laxmi.

Foto: Acervo pessoal

Aqui sou eu em frente ao templo da deusa Laxmi. 


Aqui curiosidades quanto ao vestuário. Para mulheres que não são casadas conforme a tradição Hindu e solteiras, a roupa deve ser camisa, dupatta, salua. Conforme será isto nas fotos que seguem. E, nestas observem que o Dupatta é o lenço azul ou bege colocado em volta do pescoço, e cai sobre a camisa, dando um charme especial ao vestuário. E, também, como as camisas indianas são na sua maioria algodão, as vezes, são transparentes, o Dupatta, vem para cobrir o colo. A camisa, podem ser com mangas longas ou curtas, podem ser bem compridas ou na altura das coxas, outras até o joelho e outras, depois destes. São lindas! E o salua é a calça. A curiosidade da calça é que pode ser fofinha e presa no tornozelo, ou toda reta, ou mais justa.  Confiram alguns modelitos do meu acervo pessoal.







E, saindo de Delhi para Agra, depois da viagem a Manali, conheci Agra Forte, visitando também o Taj Mahal e Fatehpur Sikri. Esta última é uma cidade construida há mais de 500 anos, em estilo indo-arabico e que se mantem quase intacta com relação a sua arquitetura. E, o que mais me chamou atenção foram as plantas em volta e nesta cidade, todas muito semelhantes as que vemos aqui. Este espaço também é um espaço de orações. Possui uma mesquita e muitos homens vão orar. E, enquanto eles oram, as mulheres se posicionam perto da cripta construida em mármore de uma jovem esposa de um homem importante, então, todas pregam fitas nas paredes desta cripta e dizem que ela protege as família, bem como cada nó dado corresponde a um pedido que será atendido. Confiram as fotos que seguem de meu acervo pessoal., tiradas por mim e de mim, pelo meu guia. Aqui meu filho já estava no meu ventre.













E, bem ao lado de Fatehpur-Sikri, temos Agra, com o Agra Forte e Taj Mahal. Diz a história que a rainha Mahal ao ter o seu 13º filho faleceu e o Rei mandou construir o Taj Mahal, de uma maneira tão linda que fosse impossível ser construido em outro lugar, e para garantir isto, nenhuma pessoa que participou de sua construção permaneceu vivo. Pouco tempo depois, o  primogênito do Rei, constroi no Agra Forte uma ala de Marmore, onde aprisiona o Pai e toma o poder para si. E, quando o Rei morre, ele é sepultado ao lado de sua rainha no Taj Mahal. Então, quando eu entrei neste lugar foi que percebi que é um enorme Mausoléu. Um cemitério com um único Mausoléu. E, nas laterais deste tem-se mesquitas. Ao chegar próximo do Mausoléu, você tira os chinelos, porque a qualquer tempo o mármore é sempre frio. Então, tirei a minha sandália e entrei. É muito interessante... Dentro tem uma coroa de Marmore e no centro tem as duas lápides, com uma gruta embaixo onde foram guardados os objetos preciosos do mesmo. Toda a parede possui a flor de lotus desenhada com rubi e esmeraldas. Muito lindo! Contudo, continua a ser um Mausoléu. E, ao chegar, eu ficava a me perguntar porque tanto fascinio pelo Taj Mahal, tinha até danceterias com este nome, ao que eu perguntava, ir a uma Boate com o nome do Taj Mahal é a mesma coisa que Cemitério São Judas Tadeu, ou Alto da Ressurreição... Passou, por respeito a ser estranho para mim. Então, no lugar do fascinio sinto apenas respeito. E, nesta viagem, não fiz sozinha, meu filho já se encontrava no meu ventre. Eu já estava grávida. Confiram as fotos e para subir ao Taj Mahal, podem escolher o camelo como um dos meios de Transporte. Todas as fotos a seguir são do meu acervo pessoal, tiradas por mim ou de mim, pelo meu guia.

Parte externa do Hotel que fiquei em Agra. Lindo e suntuoso por fora e por dentro.

Aqui pode escolher como quer chegar ao topo do monte onde fica o Taj Mahal.

Aqui fica a entrada do Taj Mahal.

Uma pausa para foto e também para mostrar o complexo atras com corredores, É um cemitério enorme, NOSSA!!

Aqui outra entrada para o Portão principal.

E, ao entrarmos, finalmente, o Taj Mahal o maior Mausoléu do Mundo! No centro tem uma coroa de mármore e as duas lápides, do Rei e da Rainha Mahal.

Aqui, eu e meu filho no ventre, vivendo tudo isto.

Em cada lateral tem um jardim que leva ao Mausoléu.

Nesta entrada tem uma mesquita, bem como do outro lado também. No Taj Mahal, tudo é simétrico.

Mesquita que fica na lateral do Taj Mahal.

Agora, já prôxima ao Tumulo ou a entrada no Mausoléu, tem-se a mesquita.

Um rio passa atrás do Taj Mahal, e que é o mesmo que passa atrás do Agra Forte.

Pausa para este registro fotográfico.

Visão frontal do Taj Mahal. No final, tem-se um local para colocarmos os calçados. E, descalços entramos no Mausoléu.

Aqui, eu e meu filhão, descansamos um pouco em um dos arcos, que funciona como janela, do lado esquerdo da Porta de entrada do Taj Mahal, e é tudo frio, porque sendo tudo mármore, o mesmo mantem a temperatura amena.

Aqui são os bordados contidos em toda a parte alta de Taj Maahal. Bordado  que representa a Flor de lotús feita de pedras preciosas.
Agora vamos ver  as fotos do Agra Forte. Observem os detalhes na arquitetura, e os pontos em que o mármore é trabalhado com as mesmas pedras preciosas utilizadas no Taj Mahal. Todas as fotos foram tiradas por mim, ou pelo meu guia e fazem parte de meu acervo pessoal.


Entrada do Agra Forte




Observem os detalhes no mármore. Foi nesta parte de mármore que o Rei Mahal foi aprisionado pelo seu filho após a morte de sua esposa. E, assim, o primogênito assume o poder.





Aqui possui os mesmos bordados encontrados no Taj Mahal, e é um lava-pés.



Deste local o Rei quando começou a ficar cego, colocou um diamante 'olho de tigre' na parede, e dele conseguia ver o Taj Mahal, acompanhar todos os dias a sua amada.

AQUI, ACHEI INTERESSANTE PORQUE ELES JÁ FAZIA O RECOLHIMENTO DA ÁGUA DAS CHUVAS.



  
NA ENTRADA DO TAJ MAHAL, TEM ESTA PLACA QUE NARRA O SIGNIFICADO DESTE MONUMENTO, QUE NA REALIDADE, É UM ENORME MAUSOLÉU.
Foto: Marcia Adriana



Foto: Marcia Adriana- Finalizando este passeio com muito mais coisa na bagagem. Todo caminhar é válido, quando se aprende com o mesmo.

E, agora retornando a Delhi, detalhes sobre a culinária indiana. Essa é muito parecida com a nossa, por exemplo, arroz com frango, é bem indiano, com iogurte natural temperado com sal, pimenta do reino, cebola e todos comem esta refeição com a colher. Arroz doce, também uma sobremesa especial indiana, que acrescentam no lugar da canela, passas para que fiquem bem hidratadas. Feijão e arroz, NOSSA!!Uma delícia! Os doces então, nem se fala! Mas, o texto sobre culinária deixaremos para um outro momento. Enfim, aqui finalizo o meu relato, e vou para as considerações deste.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se, ao longo da narrativa descritiva, que, como disse Claude Lévi-Strauss em seu livro Mito e o seus significados: por trás de diferenças, existem semelhanças, pontos que se cruzam e se mesclam, mesmo em culturas distantes.
E,  a partir desta multiplicidades de olhares culturais o etnocentrismo vai sendo trocado pelo relativismo cultural, que menciona, dentre outras coisas, o fato de que jamais haverá uma única cultura, existem culturas, que estão para atender as necessidades humanas, nossas necessidades, e, que,no momento em que for preciso, poderá ser modificada. Nada está completamente pronto.
Com esta afirmação, tem-se que o respeito as diferenças culturais é fundamental. Não precisamos aceitar o diferente, se esta aceitação pressupuser o desrespeito ao que se acredita, mas RESPEITAR SIM, É INCONDICIONAL.
Logo, tem- se que a India, realmente, não é apenas uma Índia, mas uma pluralidade de índias, que ora é muçulmana, ora Hindu, ora Siki. Também possui peculiaridades quanto ao vestuario, hábitos alimentares, organização familiar, dentre outros, e que jamais se pode ou poderá generalizar qualquer olhar sobre este país.
Portanto, tem-se que um país pode ser considerado como uma grande colcha de retalhos em que, cada pessoa que conhecemos ao longo da nossa trajetória de vida, passa a ser um destes retalhos preciosos com seus conhecimentos, suas partilhas que vão enriquecendo a nossa vivência e o nosso crescimento cognitivo, afetivo, espiritual. Tudo, realmente, é sempre um grande aprendizado. Foi maravilhoso esta oportunidade de partilhar os meus relatos do vivido na Índia com todos e todas vocês.
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REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Marcia Adriana L. de. Relatos do Vivido na Índia. Delhi, 2001