Olhares sócio-antropológicos sobre Filmes, textos, artigos, livros, documentários,..

Amo cinema e vejo nos filmes inúmeras oportunidades de refletirmos sobre a vida, sobre temas diversos que nos tocam de maneiras diferentes, a partir de nossas grades de leitura e nossas vivências.
Assim, faremos neste primeiro momento reflexões sobre filmes, documentários que assisti e partilhei com meus colegas de sala (educandos) e outros que assisti em momentos de lazer criativo e produtivo. E, em um segundo momento farei comentários de livros, textos, artigos, enfim, o que li e como apreendi o lido, e os frutos de minha vivência, do meu dia-a-dia, do meu vivido também. Tudo isto será partilhado aqui com cada um de vocês!!

Boa Leitura!!

domingo, 29 de dezembro de 2019

O Ano ou Nós é quem somos Novos?

       Em 2019, estive em uma confraternização do Supera com minha mãe e nesta houve um amigo oculto. A pessoa que a tirou, chama-se Betty, uma poetisa, e esta disse para todos que não desejaria um ano novo para ela ou para ninguém, porque o ano é sempre o mesmo, ele tem meses, dias, horas, minutos, segundos, estações sempre iguais. Assim, o que deseja é que a pessoa seja nova, esteja nova, reveja o como está e se precisar mudar, mude, inove, transforme, pois, somente cada um de nós é quem podemos fazer do ano, um momento Novo.
      E, em meio a reflexão da Betty, desejo que Deus, dê a cada um de nós sabedoria, para que possamos ser pessoas capazes de nos reinventar, criar, modificarmo-nos sempre que pudermos e necessitarmos, e dessa forma, em cada espaço em que estivermos, poderemos fazer a diferença e sim, modificarmos, tornarmos aquele lugar, um espaço Novo.
                             
                    Portanto, com sabedoria divina, reinventemo-nos em 2023 para que ao final do ano, possamos celebrar as vitórias adquiridas ao longo deste, bem como nossas contribuições para a melhoria do ano para nós e para todos a nossa volta.

Imagem: domínio público


segunda-feira, 1 de julho de 2019

Cabelos Brancos




          Bem, cabelos brancos, o que significam? Em algumas culturas os cabelos brancos são símbolos de sabedoria, conhecimento, maturidade, vivências, vividos, sinais como herança genética...
          Mas, para mim, comecei a ter os meus cabelos brancos aos 19 anos de idade. E, lembro que foi engraçado, porque era mais jovem e os brancos já se instalavam... O mais curioso é que vinham não entre os demais, mas bem na frente, como uma tiara branca que reluzia antes da testa. 
         Hilário!? Não. Desesperador!! E, por que desesperador? Porque na minha cultura eram os sinais do envelhecimento. Somente pai, mãe, avó, avô tinham cabelos brancos, ou o direito a tê-los. Então, comecei a pintar o cabelo. E, quanto mais pintava, mais os brancos mostravam-se mais fortes do que a tinta e vinham sempre com mais e mais força... Todavia, continuava a pintar os cabelos.
         E, sempre vaidosa com os cabelos, os tive curto, como agora, longos, médios, ondulados, lisos de todos os estilos. Passando até mesmo a eu mesma cortar e pintar meus cabelos. Indo depois na Irene para ela organizar o que eu deixará a desejar kkkk. 
          O tempo vai passando e você vai percebendo o que aprendeu, o que deixou, como está hoje e o que deseja para a vida a posteriori e o pintar os cabelos, que antes era uma prioridade... Este ano, passou a não sê-lo mais. A vida veio contudo no início de 2019 e, em decorrência de questões de saúde com meu filho, tomei uma decisão: "vou fazer jejum de tinta". 
           Gente!!! Pense em uma decisão tomada, na qual não tinha pensado nas consequências, até ver os brancos chegarem e irem tomando forma, ganhando vida e preenchendo toda a minha cabeça. Uau!! Como foi uma decisão junto ao plano espiritual, então, sem questionamentos, tive que enfrentar, fui a Irene e disse:" Irene, quero deixar meus cabelos ficarem brancos. Não vou mais pintar, pode ir tirando os pretos para que os brancos já se mostrem com mais força?" E, assim o foi. Começou a cortar meus cabelos, e a primeira diferença é que se estavam grandes, ficaram bem curtinhos, queria até mais curto, mas do jeito que ficou, os brancos sobressaíram e uma nova mulher emergiu.
            O engraçado é quando outras mulheres até bem mais idosas, cronologicamente, me veem com cabelo branco e se admiram, dizendo que vão deixar o cabelo delas ficar assim também. Outras mulheres que também tem os brancos como sinal, assim como eu, dizem que acharam lindo os brancos e vão deixar os cabelos delas iguais ao meu. E, passei a ser referência.
        Minha mãe também tem cabelos brancos, lindos, maravilhosos e sairmos as duas hoje é engraçado porque veem duas idosas. Ainda não cheguei lá mais vou chegar com tranquilidade e felicidade por ter passado por um processo difícil, mas maravilhoso de auto aceitação de uma condição que me fora dada, os brancos em mim, chegaram na minha idade jovem para adulta. 
               Outra providência que tomei foi divulgar nas redes sociais que estava com cabelos brancos, e que fora uma decisão, jamais doença ou algo assim. Apenas uma decisão de não mais pintar os cabelos. E, outra palavra que tenho ouvido muito é Coragem. E, realmente, em um universo, como o nosso em que cabelos brancos é sinal de velhice, ter cabelo branco sendo adulta jovem, ou jovem adulta é um sinal de extrema coragem.
                Enfim, estou grisalha, indo para o branco completo a cada dia, mas despojadamente feliz. Fácil não é e não foi, mas o que fazer frente a uma decisão maior que você mesma? Apenas agradecer a Deus, as maravilhas que ele nos dá, em cada momento específico das nossas vidas. E, acreditem, estou cada vez mais caseira, mais família, mais mãe e tia-avó, pois tenho uma sobrinha neta e um sobrinho neto também... Assim, a família vai crescendo e cresce o amor imenso que tenho por cada um e uma e os cabelos brancos também. Beijos a cada um e uma de vocês. Amém!      
                  

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A Vida um campo de possibilidades e aprendizagens.

Foto: Acervo pessoal.
    La Vie, A Vida é maravilhosa!! Sim, porque nos apresenta como um tabuleiro enorme de possibilidades, porém, o que fazemos com este manancial de escolhas que podemos fazer?
        Escolhas, caminhos que se apresentam como esperanças de mudanças, conquistas de sonhos, ou até realizações momentâneas de desejos, porém, o que fazer quando uma escolha é feita? Até porque as escolhas não provocam apenas o caminhar, mas no caminhar as mudanças na vida vão aparecendo. 
         Mudanças, andanças que chegam para nos ensinar, e no processo de ensino e aprendizagem que a vida nos apresenta, descobrimos a maravilha que a vida é. E, neste aprendizado descobrimos que o bom ou ruim, jamais é a vida que nos dá, mas somos nós mesmos com as escolhas que fizemos. E, mais um aprendizado se faz.
     E, qual a importância destes aprendizados para a nossa vida? Simples, nós seres humanos chegamos a este mundo, como diz Locke como uma "tábula rasa", uma caixa vazia, mas, ao longo do encontro com outro ser humano, através do processo de ensino e aprendizagem, vamos aprendendo a aprender a ser humano, ser gente, ser pessoa, ser homem, ser mulher, ser gentil, ser comprometido, ser perseverante, ser inteligente, ser sábio, ser grosso, ser ansioso ou paciente, vamos aprendendo a Ser. 
         E, a cada caminho escolhido, independente das consequências sempre há um aprendizado. E, é no aprendizado que consiste a maravilha da vida, no fato de que, como uma fruta no pé, que só é boa madura, também vamos nos tornando melhores a cada experiência, a cada aprendizado, a cada queda quando encontramos mãos amigas para nos reerguer e nos ajudar a prosseguir o caminhar. A cada mão amiga que não vai julgar, mas tentar compreender e juntos ver que este caminho não foi bom e jamais será percorrido novamente. Mãos amigas que nos ajudam a fazer novas escolhas ou recuarmos e voltarmos a caminhos seguros e sensatos, melhores. Mãos amigas que nos ajudam a refletir de forma normal, tranquila, suave e nos ajudam a prosseguir.
      Bem, e quando as escolhas são felizes, mais e mais aprendizados são acrescidos a nossa trajetória, ao nosso caminhar e processo de amadurecimento. 
       Mas, quem não disse a si mesmo:"Oh! Se eu tivesse feito assim e não assado...". Bem, a quem diz isso, digo que se tivéssemos feito outras escolhas, provavelmente jamais seriamos quem somos, jamais pensaríamos como pensamos porque, como dissemos anteriormente, somos os frutos das escolhas e amadurecemos, crescemos com cada uma delas, boas ou não tão boas.... Afinal, o fato é que sempre e sempre aprendemos a aprender, em especial, o quanto a vida, enquanto estamos vivos neste plano terreno, é maravilhosa! 
     Todavia, tem algo super importante, a vida é maravilhosa, mas também exige que sejamos responsáveis, porque as chances de acerto são muito maiores do que se arriscar irresponsavelmente. E, aqui consiste na importância de sermos livres. E, liberdade aqui consiste na consciência que vai se tendo, ao longo dos aprendizados do que é certo e errado, e a cada escolha, deve-se ponderar as consequências e se mesmo assim, ainda se faz a escolha assumindo as responsabilidades por ela, então, foi-se livre. 
         Logo, aprende-se que viver é aprender a aprender constantemente e, a cada consciência  amplia a nossa responsabilidade e o valor que devemos dar a vida, porque neste plano terreno, ela é uma maravilhosa porta de aprendizados e aprendizagens, mas ela também é finita. E, o não sabermos o tempo que temos, aumenta a nossa responsabilidade quanto as escolhas. ,E, a maior responsabilidade  é vivermos bem, e viver bem é sermos felizes, e, sermos felizes é viver com propósitos, sentidos, valorizando cada aprendizado. Amando, assim, a vida maravilhosa que temos.