Olhares sócio-antropológicos sobre Filmes, textos, artigos, livros, documentários,..

Amo cinema e vejo nos filmes inúmeras oportunidades de refletirmos sobre a vida, sobre temas diversos que nos tocam de maneiras diferentes, a partir de nossas grades de leitura e nossas vivências.
Assim, faremos neste primeiro momento reflexões sobre filmes, documentários que assisti e partilhei com meus colegas de sala (educandos) e outros que assisti em momentos de lazer criativo e produtivo. E, em um segundo momento farei comentários de livros, textos, artigos, enfim, o que li e como apreendi o lido, e os frutos de minha vivência, do meu dia-a-dia, do meu vivido também. Tudo isto será partilhado aqui com cada um de vocês!!

Boa Leitura!!

sábado, 13 de maio de 2023

Ser Mãe, o que significa afinal?

                            Ser Mãe, o que significa afinal?

Marcia Adriana Lima de Oliveira



Todos nós pertencemos a grupos sociais, dentre eles o primeiro é a Família. Nesta, temos as posições: Pai, Mãe e Filhos, que chamamos de caixinhas que contém os papéis sociais, ou conjunto de expectativas que cada pessoa, independente do gênero ou faixa etária podem ocupar. 

E, cada caixinha, como disse, tem um papel social, ou seja, quem ocupa a do Pai irá prover, dar segurança, ou ocupa a caixinha da Mãe irá cuidar, dar carinho, atenção, e quem ocupa a do filho será cuidado.

Por exemplo, Imagine que alguém chegue na sua casa e começa a cuidar, estará na caixinha da Mãe, se chegar e se preocupar com as contas, o que deverá pagar ou não, estará na do Pai e  se não quiser fazer nada, irá ocupar a caixinha do filho. Porém, imagine que nesta casa só mora uma pessoa, independente do gênero ou faixa etária que ocupou todas as caixinhas naquele dia. E, todos os dias nas nossas vidas, também é assim, no entanto, se o Ser mãe é uma caixinha, por que escolhemos aquela pessoa fixa para chamar de Mãe? 

Bem, escolhemos aquela pessoa fixa, porque, é ela quem está desempenhando com grande maestria este papel de Mãe. E, assim, passa a ser nossa referência do que uma Mãe faz.  E, o que mesmo uma Mãe faz? Vamos olhar para Maria, na Bíblia? Maria, deu Sim a Deus a cada instante, quando aceitou ser a pessoa que iria cuidar, ensinar, transformar um bebê em criança, uma criança em jovem, um jovem em Adulto e segui-lo incondicionalmente, porque é isso que cada pessoa que ocupa esta caixinha da Mãe por mais tempo faz: Ela se doa. E, como se doa, ela também cobra a atenção, o respeito que dá. E, mesmo que o filho seja grosseiro, a pessoa que por desempenhar super bem este papel de Mãe, e que vou chamar, a partir de agora, somente Mãe, ela, a pessoa, irá se chatear, claro, irá repreender o filho pela grosseria, claro! Afinal, na vida ninguém pode sair por aí sendo grosseiro com o outro. Todavia, a Mãe pode fazer tudo isto, ficará magoada com a atitude, mas continuará AMANDO a pessoa filho. E, por quê? Porque é a pessoa a quem deposita todos os dias os cuidados, em quem acredita, em quem confia, e aprende a conhecer, não apenas o que mostra, mas o coração. 

Por isso, quando Maria é repreendida no Templo por Jesus, ela silencia, mas continua a amá-lo. E, no secreto, deve ter falado com ele: “Filho, sabemos que também é filho de Deus, mas avise todas as vezes que for sair. Avise onde você está. Jamais nos deixe preocupados. Amamos você. E, você, é sim nosso Filho, por isso, nos obedeça.”

Assim, quando Maria pediu para Jesus transformar a água em vinho, mesmo que ele tenha tido que não era a hora. Ela era a mãe e no secreto disse que ele tinha que obedecê-la porque ela era a Mãe dele. E, ele sem dizer nada, Obedece Maria. 

A obediência nem sempre é fácil, porque nem sempre queremos fazer o que nos pedem, principalmente, quando discordamos, mas a MÃE ela sabe o nosso tempo, do que somos capazes, do que podemos fazer, muito antes de tentarmos. Ela nos estimula, e nos diz para confiarmos em nós mesmos e diz em alto e bom tom: “Vamos, você consegue! Coragem, você é capaz!! Meu filho, eu estou contigo!! Vai!” E, assim, Cristo, enfrentou todas as dificuldades, porém, sempre soube que tinha o seu porto seguro ao seu lado: a sua Mãe.

Mesmo subindo para o calvário, ele olha sua mãe, e com certeza, ela com o coração dilacerado, deve ter olhado para ele jamais com pena, ou dor, ou dó, afinal ela sabia da  missão dele. Por isso, ao encontrar com ele, já fraquejando, ela olhou nos olhos do Filho, de Cristo, e seu olhar deve ter dito: “CORAGEM!! VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI! LEVANTE-SE! ANDE! SUA MISSÃO ESTÁ EM ANDAMENTO! VOCÊ É CAPAZ!!! EU ESTOU CONTIGO!!! EU ESTOU CONTIGO! EU CONFIO EM VOCÊ! E, Cristo, conseguiu!

Assim, ser MÃE é SER ANJO, AMIGO, DAR O PUXÃO DE ORELHA NA HORA CERTA, E ABRAÇA NO TEMPO CERTO. É CONFIAR, ACREDITAR, mesmo que não mereça, SIMPLESMENTE PORQUE ELA TEM FÉ, E VÊ NO FILHO O QUE NEM MESMO ELE VÊ EM SI, NO MOMENTO, MAS QUE DE TANTO A MÃE FALAR QUE ELE CONSEGUE, ELE SE TRANSFORMA E CONSEGUE CHEGAR BEM ALÉM DO QUE PODERIA IMAGINAR.

E, dessa maneira, vamos sendo Mãe, cada uma da sua Forma, a partir das suas crenças, mas TODAS AS MÃES, CONFIANTES no potencial e na capacidade de ser Bom, generoso, justo, honesto, amigo e tudo de bom que o olhar de Mãe atribui e contribui para despertar no ser FILHO. 

Por isso, agradeço as pessoas maravilhosas da minha ÁRVORE GENEALÓGICA que ocuparam de maneira incrível e única a caixinha de Mãe que nos ensinou e inspirou a sermos a MÃE QUE SOMOS!!! E para vocês a quem podemos chamar de Mãe, no dia da Caixinha da Mãe na FAMÍLIA os nossos APLAUSOS E PROFUNDA GRATIDÃO!!